Não é de hoje que estou namorando este Mercure e finalmente consegui a disponibilidade pra uma estadia, muito boa ao final.
O tempo de carro do aeroporto de Navegantes ao hotel depende muito do trânsito, seja na BR-101 ou para se pegar a balsa até Itajaí e no trajeto via orla. Pelo menos uma hora deve ser o tempo planejado de deslocamento.
Um dos maiores ativos do hotel é sua localização, em frente à única praça da avenida Atlântica e de frente pra enseada artificialmente alargada da cidade.
O lobby é amplo, o aroma leve de begônia quase nos puxa pra dentro e o atendimento seguro e gentil dos recepcionistas Davi e Bianca é o primeiro convite à qualidade que o hotel apresenta.
São duas torres de elevadores e invariavelmente se espera demasiado por eles, que parecem não serem sincronizados. Além disso, não haver o display da movimentação deles por andar torna a espera tediosa e aumenta o gasto de energia, chamando-se o equipamento à toa.
O espigão tem no piso SC o restaurante Anttoinette, uma brinquedoteca, sala de jogos, salão de eventos, área externa de repouso e piscinas, além do sobrepiso com duas banheiras de hidromassagem.
Falando em piscinas, elas totalizam quatro com as outras duas no último piso, de onde a vista é incrível, a qual também se aprecia da academia bem equipada.
Há mais de um tipo de suíte na unidade e a júnior tem vista frontal para o mar, ficando porém na parte mais interna e, por isso, não tem varanda. Ela é ampla e aconchegante, seu jogo de luzes e mobiliário lhe dão um ar sóbrio, sem lhe tirar nenhuma funcionalidade, com a mesa de trabalho bem posta e iluminada e as mesinhas ao lado da cama com tomadas sobre elas. O armário, entretanto, acaba ficando escuro, as lâmpadas estão queimadas.
Já o banheiro, também amplo, conta com chuveiro dentro da banheira de hidromassagem. Atenção ao entrar e sair, para evitar escorregos, o que poderia ser evitado com um corrimão e uma antiaderência no piso. O exaustor precisa estar funcionando quando ativado, ou a umidade e os odores entrarão no quarto e serão absorvidos pelos móveis, roupas de cama e pertences dos hóspedes, diminuindo a vida útil dos primeiros.
O estacionamento é cobrado, a internet funciona muito bem e chega até o calçadão, o serviço de praia com toalhas também é bastante simples.
Rever a parceria com o exageradamente badalado Paris 6 ao lado se faz urgente, não só dado o péssimo serviço que o restaurante oferece. Além disso, não se pode esperar que o hóspede peça uma bebida ou petisco e precise descer do 13º andar para buscar o pedido e subir de volta à piscina ou a seu quarto! A reputação do estabelecimento é muito ruim e se manter atrelado a ele só vai manchar a boa reputação do hotel.
O café da manhã é servido no piso SC e tem os elementos esperados: frutas frescas, sucos, iogurtes, pratos quentes, frios e os itens de padaria famosos do Sul do Brasil. Toda a equipe trabalha integrada, parabéns a Valentina, Valéria, Silmara, Nicolas, Yan, Nattan e todos os outros.
Pontos a melhorar no café da manhã, já bem sinalizados em outras avaliações, são os sucos totalmente aguados e a repetição dos pratos quentes. Por mais que tudo seja saboroso, acaba sendo pouco motivante comer as mesmas coisas todos os dias, com variações mínimas no no recheio do folhado quente e nos bolos e tortas.
Com alguns retoques e algumas mudanças pontuais, esse Mercure pode pleitear uma subida de categoria e mudança para uma bandeira Grand Mercure, potencial há e muito.