No momento do check-in solicitei um quarto silencioso e sossegado em piso superior, não me importando com ter ou não vista, porque acordo facilmente com ruídos. E queria desde princípio um quarto sossegado para evitar situações como as vividas no ano anterior e ter que mudar de quarto a meio da estadia. Foi-me atribuído um quarto no 5o piso.
No ano anterior tinha ficado alojada no Algarve Mor e tinha tido uma péssima experiência com o ruído de vizinhança, e não tinha conseguido dormir durante uma semana. Na altura, tendo-me queixado na recepção de ruido de vizinhança às 3h, 5h, 6h da madrugada, fui ignorada pelos funcionários do hotel. Não foi apresentada qualquer solução e o problema persistiu toda a semana. Apenas fui aconselhada pelo director de então a ficar nos anos seguintes no Presidente se quisesse mais sossego e silêncio.
Foi o que fiz. Tendo no check-in dito que prescindia de vista em detrimento de sossego e silêncio durante a noite. Disseram-me que, se houvesse ruído, telefonasse para a recepção e tentariam resolver de imediato.
Na 3a noite acordei às 00h30 com móveis a serem arrastados no andar de cima. Decidi dar o benefício da dúvida e nada fiz. Na noite seguinte, novamente fui acordada com móveis a serem arrastados no andar de cima às 00h30. Tendo telefonado para a recepção, disseram-me que tentariam resolver. Contudo, novamente às 7h45 fui acordada por móveis a arrastar no andar de cima. Voltei a ligar para a recepção e disseram que iriam colocar o problema ao outro colega. Novamente às 8h50 fui acordada com móveis a arrastar no andar de cima. Tendo ido a recepção colocar novamente o problema, disseram-me, novamente, que iriam falar com um outro colega e me diriam alguma coisa. Às 20h30, não tendo sido procurada por ninguém do hotel, fui à recepção para saber o resultado da conversa com o tal outro colega. A pessoa que estava na recepção naquele momento nem sequer sabia da minha queixa, nem havia nada apontado/anotado sobre o tema e pediram-me tempo para contactar o tal outro colega. Às 21h30, tendo ido novamente à recepção após o jantar, disseram-me que mudasse de quarto para um quarto idêntico no último andar: àquela hora, 21h30!!! Recusei mudar de quarto àquela hora, depois de terem tido todo o dia para me dar uma solução, e depois de eu ter pedido, no check-in, um quarto silencioso em andar superior pra evitar mudanças de quarto a meio das férias. Foi-me dito que seria ruído associado ao check-in de homens de negócios que apenas ficavam uma noite... e que se houvesse novamente ruído ligasse para a recepção, e tentariam falar com os hóspedes ruidosos.
Na noite seguinte, pela 3a noite consecutiva, sou acordada às 23h30, e novamente às 00h00 e às 00h30, por estrondos a ocorrer dentro do hotel. Tendo telefonado para a recepção como fui instruída, o funcionário riu-se e disse que as pessoas estavam a voltar de jantar e que tivesse paciência, não se dispondo a encontrar nenhuma solução.
Está visto que os quartos não estão adequadamente insonorizados, que as portas com o fecho automático de mola se prestam a provocar estrondos toda a noite e madrugada, que os funcionários da recepção, por muito bem educados e simpáticos, são ineficientes, e que o hotel é absolutamente insensível - não quer saber - ao bem-estar dos seus clientes. A cereja no topo do bolo é mesmo o funcionário da recepção rir-se de forma jocosa na última madrugada face ao ruído de vizinhança.
Um louvor especial e sincero aos funcionários do restaurante do hotel, pela simpatia e qualidade do atendimento. Fizeram sentir-me em família às refeições. Parabéns. A comida é muito bem confeccionada. Embora, nas noites em que foi servido buffet, os pratos quentes já estivessem frios às 20h45.
Assim, face à indiferença dos funcionários face ao ruído de vizinhança, nunca mais voltarei a ficar alojada num hotel da cadeia Turim.