Praças amplas, muitas pessoas locais e estrangeiras, artistas de rua, luzes coloridas, vitrines de lojas, cartazes de restaurantes que prometem a melhor paella, presunto e churros com chocolate: esse é o centro de Madri, um conjunto de praças interconectadas por uma rede de ruas secundárias. Algumas dessas ruas são rotas de compras amplas e fechadas para pedestres, outras ficam mais escondidas, sendo possível entrar e sair da agitação quando desejado. A famosa Puerta del Sol é o enorme cruzamento da cidade, uma atração de visita obrigatória a qualquer hora do dia. A Plaza Mayor, que fica perto de lá, totalmente rodeada por prédios históricos de cor vermelha, é o lugar ideal para comer algo na rua, em meio a várias mesas e pessoas passeando. A Plaza Isabel II (também conhecida como “Opera”) é um bom ponto de encontro e menor, e a imponente Plaza del Oriente é o jardim frontal do Royal Palace. O centro pode atrairmuitos turistas (batedores de carteira infelizmente não são incomuns), ser cheio e, às vezes, supervalorizado para atrair turistas, mas é também o lugar para experimentar a Madri clássica.

Também conhecido como Barrio de las Letras, Huertas já foi o lar de proeminentes personalidades literárias, como Miguel de Cervantes e Lope de Vega. O bairro se dedica a celebrar seu rico patrimônio: no chão da própria Calle Huertas, há citações de autores famosos, os nomes das ruas lhes prestam homenagem e há inúmeras livrarias de segunda mão. Huertas recebe uma boa quantidade do fluxo do centro (as ruas secundárias em torno da Plaza Santa Ana ficam com um clima de festa estrangeira à noite, e você sempre vê jovens mochileiros pelas ruas), mas, quando se adentra o bairro, tudo se torna um pouco mais sóbrio e ligeiramente menos refinado, com um aspecto mais underground. A música ao vivo está no âmago de Huertas: à noite, os bares sossegados são ideais para encontrar os amigos, tomar uns aperitivos e conversar tranquilamente ao som de apresentações de jazz ou compositores-cantores.

Galerias e bares da moda, teatros independentes e espaços de música, jovens com tatuagens e cabelo moderno, ruas estreitas e tortuosas: isso é Malasaña. Perto do centro, Plaza Dos de Mayo reúne amigos na porta dos bares, donos de cachorros, artistas em barracas de artesanato e pessoas criativas com notebooks e cadernos de desenho nos bancos da praça. Pode não ser uma área tão limpa e organizada como muitas outras da cidade, mas isso tudo só tem a adicionar ao caráter de Malasaña. Lojas e bares vão do hippie extremo à moda de luxo e, nos fins de semanas, as ruas ficam agitadas dia e noite conforme a vida noturna passa do jantar ao bar, à boate e à comida de madrugada. Na parte oeste do bairro, está uma sub-região chamada Conde Duque, nomeada em homenagem a um grande forte cor-de-rosa que fica no centro e foi transformado em um centro cultural para exposições e apresentações. Local bonito e instigante, esse canto familiar de Malasaña abriga uma comunidade jovem internacional.

Prédios residenciais altos decorados com varandas ornamentadas se alinham nas ruas bonitas, tradicionais e tranquilas de Chamberí. Modestas fachadas de loja e bares locais estão espalhados no térreo em todos os quarteirões e, por todo lado, há um grupo de mesas na calçada. Nunca estão lotadas, mas as pessoas estão sempre na rua, acotovelando-se nas pequenas padarias, lojas de ferragens e tabacarias, ou entrando em uma cervejaria simples para tomar um café ou cerveja no bar, folhear o jornal e ver a pontuação de jogos esportivos. A redonda Plaza Olavide, onde se forma a rede regular de ruas, é um dos locais mais verdes e alegres. Restaurantes rodeiam a praça, e mesas ao ar livre concorridasenchem seu centro, onde as pessoas relaxam ao som das crianças na área de recreação e dos acordes de músicos de rua.